No TEMA anterior, vimos como montar o mapa cabalístico à partir de um mapa astrológico tradicional. Vimos que sua estrutura muda radicalmente. Isso pode ser explicado. Há dois mil anos atrás, quem financiava os estudos da astrologias eram os reis. Queriam saber sobre o seu reinado, a riqueza, o povo. Interessava os acontecimentos externos. Não era preocupação saber sobre si mesmo. Todo o conhecimento astrológico caminhou para aqueles objetivos. Não é de se admirar que o mapa que reflete os acontecimentos externos não tenha nada a ver com o mapa que reflete as raízes do mais profundo de nossa alma.
Um roteiro para a análise de um mapa cabalístico precisa começar pelas análises mais amplas e abrangentes e aos poucos refinando a pesquisa para os aspectos mais particulares. A distribuição dos planetas entre as três colunas na Etz Chaim vai diferenciar a tendência com relação ao dar e receber, um tema importante na Cabalá. Define-se as coluna predominante pelo número de planetas em cada coluna. A Coluna da direita, a coluna de Hessed, vai mostrar uma tendência em ser mais expansivo, doador e compartilhador, enquanto a coluna da esquerda, a coluna de Din, representa o lado que recebe, que foca, que decide, mas restringe. A linha do meio, a coluna de Rachamim, representa o nosso lado físico, aquilo que pode ser observado, e equilibra as nossas necessidades correspondentes às colunas da direita e esquerda. É a coluna que liga Keter a Malchut, unindo todos os quatro mundos. Os efeitos são distinguidos no mundo físico, porém a fonte da alimentação de energias são o intelecto, os sentimentos e as emoções.
I. A distribuição dos planetas pelas colunas da Etz Chaim de João Carlos Martins:
A coluna que recebe o maior número de planetas é a coluna da direita, Héssed. Isso mostra que a personalidade, e mais do que isso, a propensão interna é de doação, da iniciativa, do empreendedor. É o lado sentimental, das possibilidades infinitas e expansivas. É a coluna onde encontramos as respostas, de onde os recursos próprios são extraídos. Essa coluna mostra que na vida interior não é predominante o tempo e o espaço. Sempre é possível realizar. Não há impedimentos, os obstáculos são minimizados. Entre as características que dão as forças para os planetas que a ocupam não estão as limitações. Tudo sempre é visto como uma realização possível, inundado de otimismo e força para realização. Não há limites ou fronteiras aonde que chegar. A coluna da direita está relacionada com o futuro e o elemento água, elemento predominante em seu mapa.
A coluna central do mapa tem menos planetas, porém pelos planetas que a ocupam, acaba sendo uma coluna importante que espelha as necessidade internas. Nessa coluna está a Sefira de Tiferet, é a Sefirá que integra todas as demais e como veremos mais tarde, o significado do planeta Saturno nessa Sefirá é uma grande força integradora do ego, que vai interagir com todas as forças das demais Sefirót.
A coluna da esquerda tem planetas suficientes para que não a torne uma faceta da personalidade com alguma fragilidade. Em particular, nessa coluna de Din, na Sefirá de Biná, estão os dois pontos que mostram a missão na vida atual. O Tikun e Kiron. Estão numa mesma Sefirá e num mesmo elemento. Isso mostra a grande importância da coluna de Din na configuração do mapa.
II. A configuração global do mapa
Comparando ao mapa astrológico convencional o mapa cabalístico vemos que é bem diferente. Os planetas estão mais espalhados, não tem áreas vazias, as colunas estão com potenciais importantes, os elementos predominantes são água e terra. Os ritmos preenchidos com planetas, cardinal, fixo e mutável por toda a extensão do mapa.
Os elementos predominantes: água - terra
Esses elementos podem fluir muito bem juntos e se completam. Os planetas que posicionam-se nos elementos terra são complementares aos que caem no elemento água. O aspecto prático do elemento terra dá sustentação aos planetas em água que se ligam ao sentimento e emoção. Essa associação de água e terra confere amabilidade, doçura e generosidade, ao mesmo tempo que atribui forças de realização e produção. Esse tipo de predominância nos elementos é típico de pessoas bem ajustadas, integradas, mas que pode ter dificuldades para lidar com inovações e mudanças muito significativas. Lidam extremamente bem com o mundo que estão acostumadas, mas não realizam grandes voos de mudança no estado de vida que criaram.
No post seguinte vamos analisar cada uma da Sefirot da Etz Chaim. Veremos o significado dos posicionamentos dos planetas de João Carlos Martins e uma comparação entre a estrutura da Árvore da Vida com a hipótese estrutural da psicanalise.
Um roteiro para a análise de um mapa cabalístico precisa começar pelas análises mais amplas e abrangentes e aos poucos refinando a pesquisa para os aspectos mais particulares. A distribuição dos planetas entre as três colunas na Etz Chaim vai diferenciar a tendência com relação ao dar e receber, um tema importante na Cabalá. Define-se as coluna predominante pelo número de planetas em cada coluna. A Coluna da direita, a coluna de Hessed, vai mostrar uma tendência em ser mais expansivo, doador e compartilhador, enquanto a coluna da esquerda, a coluna de Din, representa o lado que recebe, que foca, que decide, mas restringe. A linha do meio, a coluna de Rachamim, representa o nosso lado físico, aquilo que pode ser observado, e equilibra as nossas necessidades correspondentes às colunas da direita e esquerda. É a coluna que liga Keter a Malchut, unindo todos os quatro mundos. Os efeitos são distinguidos no mundo físico, porém a fonte da alimentação de energias são o intelecto, os sentimentos e as emoções.
I. A distribuição dos planetas pelas colunas da Etz Chaim de João Carlos Martins:
A coluna que recebe o maior número de planetas é a coluna da direita, Héssed. Isso mostra que a personalidade, e mais do que isso, a propensão interna é de doação, da iniciativa, do empreendedor. É o lado sentimental, das possibilidades infinitas e expansivas. É a coluna onde encontramos as respostas, de onde os recursos próprios são extraídos. Essa coluna mostra que na vida interior não é predominante o tempo e o espaço. Sempre é possível realizar. Não há impedimentos, os obstáculos são minimizados. Entre as características que dão as forças para os planetas que a ocupam não estão as limitações. Tudo sempre é visto como uma realização possível, inundado de otimismo e força para realização. Não há limites ou fronteiras aonde que chegar. A coluna da direita está relacionada com o futuro e o elemento água, elemento predominante em seu mapa.
A coluna central do mapa tem menos planetas, porém pelos planetas que a ocupam, acaba sendo uma coluna importante que espelha as necessidade internas. Nessa coluna está a Sefira de Tiferet, é a Sefirá que integra todas as demais e como veremos mais tarde, o significado do planeta Saturno nessa Sefirá é uma grande força integradora do ego, que vai interagir com todas as forças das demais Sefirót.
A coluna da esquerda tem planetas suficientes para que não a torne uma faceta da personalidade com alguma fragilidade. Em particular, nessa coluna de Din, na Sefirá de Biná, estão os dois pontos que mostram a missão na vida atual. O Tikun e Kiron. Estão numa mesma Sefirá e num mesmo elemento. Isso mostra a grande importância da coluna de Din na configuração do mapa.
II. A configuração global do mapa
Comparando ao mapa astrológico convencional o mapa cabalístico vemos que é bem diferente. Os planetas estão mais espalhados, não tem áreas vazias, as colunas estão com potenciais importantes, os elementos predominantes são água e terra. Os ritmos preenchidos com planetas, cardinal, fixo e mutável por toda a extensão do mapa.
Os elementos predominantes: água - terra
Esses elementos podem fluir muito bem juntos e se completam. Os planetas que posicionam-se nos elementos terra são complementares aos que caem no elemento água. O aspecto prático do elemento terra dá sustentação aos planetas em água que se ligam ao sentimento e emoção. Essa associação de água e terra confere amabilidade, doçura e generosidade, ao mesmo tempo que atribui forças de realização e produção. Esse tipo de predominância nos elementos é típico de pessoas bem ajustadas, integradas, mas que pode ter dificuldades para lidar com inovações e mudanças muito significativas. Lidam extremamente bem com o mundo que estão acostumadas, mas não realizam grandes voos de mudança no estado de vida que criaram.
No post seguinte vamos analisar cada uma da Sefirot da Etz Chaim. Veremos o significado dos posicionamentos dos planetas de João Carlos Martins e uma comparação entre a estrutura da Árvore da Vida com a hipótese estrutural da psicanalise.